domingo, 19 de outubro de 2008

Cárcere privado





Da mesma maneira que não aceito a pena de morte, não concordo com o cárcere privado.

Prisão essa em que um inocente é obrigado a permanecer desprovido de participar da vida
como se fosse um criminoso.


Não tendo direito a vivenciar com diversas pessoas, trabalhar, estudar, fazer tratamento
médico, namorar.

Enfim, saborear os bons momentos da vida.


Que mistério é esse, onde alguém não pode viver verdadeiramente?

Mesmo que não seja marginal, bandido,
assassino, etc.


Porém, obrigatoriamente, tem que
permanecer trancado.

Não se pratica o exercício de trabalho coletivo,
de sociedade no sentido amplo da palavra,
de companheirismo, de participação...


Perde-se a noção de solidariedade, de como
lidar nas diferenças.


Enfim...mesmo com a ¨ficha limpa¨
a criatura não pode exercer seus direitos.


Apenas tem que cumprir o dever
(não sei nem porquê)

de esperar vivendo dias de monotonia.

São absurdos inconcebíveis.

Apenas, por não perdoar os erros cometidos
comigo, no passado?


Quem errou, foi eu ou vocês?

Então porque, justamente,¨ eu¨ que
não sei nem sabia dessa ¨cachorrada¨
que me meteram?


Quem são os autores dessas determinações ?

Será que viveremos até o fim nessa
vida estagnada?


Como posso aceitar e perdoar tanta
injustiças e loucuras?


Nunca pedi nada de negativo à ninguém,
mas para os responsáveis pelo retrocesso
das nossas vidas irão se arrepender.


Será que estão me escondendo a verdade?

E qual será esta verdade?

Quem a impôs?

Como posso sair e retirar meus filhos
desse cárcere?


Esses carrascos- JAMAIS SERÃO REALIZADOS.

Não pretendo ficar nessa prisão domiciliar
por muito tempo.


Enquanto isso, os verdadeiros criminosos
vivem soltos por aí.


E o pior, fazendo-se de bonzinhos!

Tenho muita fé que Deus ainda vai nos tirar dessa prisão e quem determinou tudo isso,para nós,
pagará por isso.


Inocentes não devem pagar
pelos erros de criminosos.


Rogéria Costa



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