quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Aristóteles


Definimos a auto-suficiência como aquilo que, em si mesmo torna a vida desejável por não ser carente de nada.

E é desse modo que entendemos a felicidade; além disso, a consideramos a mais desejável de todas as coisas, e não como um bem entre outros, pois, em caso contrário, é evidente que ela se tornaria mais desejável mediante a adição até do menor bem que fosse, uma vez que desta adição resultaria um bem maior, e quando se trata de bens, é sempre mais desejável o maior.

Assim,a felicidade é algo absoluto e auto-suficiente, e a finalidade da ação.

Mas dizer que a felicidade é o bem supremo talvez pareça uma trivialidade, ficando ainda por explicar claramente,o que ela seja.

E para tanto,parece-nos que a tarefa seria mais fácil se pudéssemos determinar primeiro qual é a função do homem.

Pois, da mesma maneira como para um flautista, um escultor ou um outro artista, e em geral para tudo que tem uma função ou atividade, considera-se que o bem e a perfeição residem na função, com o homem, se ele tem uma função, seria aplicável o mesmo critério.

Pois se dará então o caso de que o carpinteiro e o curtidor de couro tenham certas funções e atividades, e o homem enquanto tal não tenha nenhuma que lhe seja própria?

Terá ele nascido sem função?

Ou deveríam os supor que, assim como
o olho, a mão,
o pé e em geral cada parte do corpo tem uma função própria, o homem,
do mesmo modo,
tem uma função independente

de todas essas ?

Qual será ela, então ?

A vida parece ser comum até às próprias plantas, mas estamos, agora, buscando saber o que é peculiar ao homem.

Excluamos, pois,as atividades de nutrição e crescimento.

A seguir, há a atividade de percepção,
mas dessa também parecem participar
o cavalo, o boi e todos os animais.


Resta, portanto,
a atividade do elemento racional do homem; desta, uma parte tem esse princípio racional no sentido de ser obediente a ele, e a outra, no sentido de possuí-lo e de pensar.


E, como a¨atividade do elemento racional¨ também tem duas acepções,
devemos deixar claro que nos
referimos aqui à acepção de exercício
ativo desse elemento,
pois esta parece ser a mais própria do termo.


Se então a função do homem é uma atividade da alma que implica um princípio racional, e se dizemos que ¨um homem ¨e ¨um bom homem¨, por exemplo, tem uma função que é a mesma espécie ( como, por exemplo, um tocador de lira e um bom tocador de lira, e assim sucessivamente, em todos os casos, sendo acrescentada ao nome da função a excelência com respeito à bondade, uma vez que a função de um tocador de lira é tocar lira, e a de um bom tocador de lira é tocá-lo bem); se de fato é assim ( e afirmamos que função própria do homem é uma certa espécie de vida, e esta é constituída por uma atividade ou por ações da alma que implicam um princípio racional, e que a função de um bom homem é uma boa e nobre realização das mesmas; e se qualquer ação é bem executada quando está de acordo com a excelência que lhe é própria); se de fato é assim, repetimos, o bem do homem vem a ser a atividade da alma em consonância com a melhor e mais completa entre elas.

Mas é preciso acrescentar
¨em uma vida inteira¨, pois uma andorinha não faz verão, nem um só dia,
ou um curto espaço de tempo,
não faz um homem feliz e venturoso.


Trecho extraído do livro:
Ética a Nicômaco - Aristóteles- Texto Integral
Traduzido por Pietro Nassetti

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Água





Vinda da natureza
É ouro primordial
Na riqueza ou na pobreza
Remédio especial
Sendo com certeza
A riqueza mineral
Do rio, mar, cachoeira ou correnteza
Impulsiona toda vida
Seja mineral,vegetal e animal
Gota ativa
Líquido essencial
Deixando abundante
Nosso mundo atual
E poupando cada instante
Para nunca perdê-la, afinal !

Rogéria Costa

Ladeiras de Olinda



Subindo as ladeiras de Olinda
Vou procurando na multidão
Um ideal que não finda
Dentro do meu coração
Encontro sorrisos conhecidos
Amigos de outros carnavais
Alguns queridos.
Que não via mais.

Lá tem muito frevo
Imensa diversividade
Misturado entre o povo
Foliões de toda idade
Maracatu,bumba-meu-boi,
caboclinho...

Alegram a cidade
Com tanta beleza
Tamanha felicidade

Concorrido povão
Brincando com certeza
Dentro deste cordão.

Pitombeira, Elefante, Marins dos Caetés...
São Blocos Carnavalescos tradicionais
Que embelezam Olinda
Por diversos carnavais
Deixando esta cidade bem linda!
Que as demais.

Existem os Bonecos de Olinda
Bonecos Gigantes
Que animam ainda
Todos os conhecidos de antes
Homem, mulher, garoto e menina
Sobem e descem as ladeiras
Vestidos de palhaço,
pierrô
e colombina

Seguindo as brincadeiras
Desses famosos bonecos
Homem da Meia Noite
Menino da Tarde
Mulher do Meio Dia...
Deixando todos numa grande alegria.

Rogéria Costa

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Zé Pereira

Recife cidade lendária.
Está hoje em festa.
Arrastando a sandália.
Ninguém vai perder esta...!

É a festa do povo.
Vamos brincar de novo.
Festejar o sábado de Zé Pereira.
Atrás do maior bloco carnavalesco do mundo.
Felizes nas ruas, iremos nesta brincadeira.
Sentindo um calor profundo.
Nossa cidade querida.
Mais uma vez mostra num segundo

Como um caldeirão que fervilha em plena avenida.
Que somos a preferida.
Nesse sábado de carnaval.

O povo pula no frevo do
Clube de Máscaras Galo da Madrugada.

Bloco fenômenal!
Pessoas dançando sozinhas .
Ou, ás vezes ,abraçadas.
Usando do frevo as sombrinhas.
E mascaradas.
Vestindo colombinas, palhaços e pierrôs.
Repletos de plumas e paetês.
Banhos de mangueira para espantar o calor.
Destas risonhas brincadeiras, sou freguês!
O frevo pega fogo em todo o desfile.
Desfile de explendor!
Carros alegóricos conduzem suas estrelas.
O rei e rainha do Carnaval acenando ao povo.
Dançando perfeito o passo.
Rítmo que eu mesmo traço.
Com fantasias belas.
Momento onde irradia.
Ao nosso povo alegria.
Muitos trios elétricos fazem a festa.
Carnaval multicor
Onde a cidade não pára o dia inteiro
Pulando sem preconceito e com muito amor.

Recife pulsa...!
A música envolve
Nessa multidão
A festa promove.
Cortejo de emoção.
¨Caia na gandaia¨!
Rodando a saia.

Espalhando euforia.
No nosso coração.

Rogéria Costa

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

BOM DIA!







Bom dia!
Abro a janela e vejo entrar pelo meu quarto a luz dessa manhã.
O sol ilumina todo o ambiente.
Ouço o canto dos pássaros durante alguns segundos.
Descortino o local para que penetre o ar da vegetação que rodeia nossa casa.
Deito mais um pouco, preciso absorver aquele momento profundamente.
Fecho meus olhos e deslumbro ter acordado
de um lindo sonho.

Tenho você ao meu lado me abraçando.
Sinto seu beijo em minha boca e o perfume do seu corpo se confunde com o do jardim.

Você me fala coisas medonhas, fazendo áquele instante mágico.
Acaricia meus cabelos e um abraço profundo completa nosso amor.
Abro os olhos e vejo que tudo não passou de um sonho.
Pulo da cama e vou galopar.
Vontade que acompanho nesse despertar.
O explendor do dia me faz muito bem.

Subo aquelas campinas,
seguindo por uma trilha que nos leva a cachoeira.
Preciso daquele banho...

Desço do meu cavalo e vou logo me despindo, quero saborear daquelas águas cristalinas.
Cada mergulho me faz recordar você.
Sinto no rosto lágrimas de saudade, mas continuo a me banhar naquelas águas límpidas.
Quase meio-dia, visto as roupas e volto galopando para casa.

Todos a me esperar.
E eu espero você.
Tenho motivo para comemorar.

Agora só me falta ter você ao meu lado.
Paciência... falta pouco para isso acontecer!
Foram tantas horas de espera!
E agora você virá todinha para mim.
O dia amanheceu lindo para lhe cortejar.

Rogéria Costa

MIMO





Nada contra as flores
Elas alegram a alma
Enfeitam com suas cores
Deixando com calma
Nossos louvores
Que aclama
Novos valores
E reclama
Velhos rumores.

Flores que habitam
Nossos dias passados
Mesmo que não acreditam
Daqueles sonhos dourados
Tão frágeis
Que despetalam
No mundo dos enamorados.

Colhendo a flor tão bela
Alegra-se o nosso destino
Por está sempre singela
Aspecto fino
Pintada de aquarela
Com raro mimo.

Rogéria Costa

NESTA MULTIDÃO


Tenho o frevo no pé
Em cada passo
Sabendo o que é
Enorme compasso
Que flutua
Rasgando o chão
Alegro a rua
Nesta multidão

Abro a sombrinha
Danço a tesoura
Coisa só minha
Pulando na hora
Linda folia
Nunca sozinha
Nesta multidão

Com o papel de seda
Fiz uma alegoria
Usando como emenda
Seu rosto que sorria
E surpreenda
Com emoção
Eterna alegria
Nesta multidão.

Rogéria Costa

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Besteira



Tudo se resume em besteira?

Falar dos sentimentos...!
Apontar os erros e enganos...!
Mostrar todos acontecimentos...!

Que fizeram do meu destino?
Males para se viver...
Com tanto sobressalto...
Trilhando sem entender...
Tanta perseguição...
Não podia sonhar alto...
Nem tão pouco construir...
Pois davam arrastão
Em vez de me deixar fazer
Deixando tudo uma grande confusão

Posso escrever asneira!
Falar do dia a dia...
Lembrando cada espinho
Que na minha vida inteira
Tudo foi triste e mesguinho
Tiveram a ousadia
De sempre me enganar
Usada como queria
E sempre a me machucar
Como se eu fosse uma porcaria
Para no fim me chutar
Como entendia.


Rogéria Costa

Você é muito importante para mim



Você é muito importante para mim.
Você corre,almoça,trabalha,
canta,chora,ama.

Você sorri,mas não me chama.
Você se entristece,
mas depois se acalma e nunca me agradece.

Você caminha, sobe, desce escadas e nunca se preocupa comigo.
Você tem tudo e não me dá nada.
Você sente amor,
ódio,sente tudo,menos a minha presença.

Você tem os sentimentos perfeitos,
mas nunca os usa por mim.

Você estuda e não me entende,
ganha e não me ajuda,
canta e não me alegra.

Você é tão inteligente e não
sabe nada de mim.

Você reclama dos meus tratos,
mas não valoriza o que eu faço por você.

Se você está triste,
me culpa por isto, mas se está alegre, não me deixa participar de sua felicidade.

Você conhece tanta gente importante,
mas não conhece a mim,que o considera tão importante.

Você faz o que os outros ordenam,
mas não faz o que eu lhe peço com humildade.
Se você não subiu na vida,
descarrega sobre mim toda sua ira,
mas se você é importante pisa nos menos favorecidos.
Você quebra tantos galhos,mas não tira um espinho de minha testa.
Você entende todas as
transações do mundo,
mas não entende minha mensagem.

Você reclama tanto da vida,
mas não sabe que a minha é
triste por sua causa.

Você baixa os olhos quando
um superior lhe fala, mas
não levanta esses mesmos
olhos quando lhe fala de meu amor.

Você fala às pessoas e não
sabe que conheço toda sua vida.

Você enfrenta muitos obstáculos
na vida, é forte, mas que pena, embora não admita sei que você tem medo de mim.
Você defende seu time, seu ator, mas não me defende no meio de seus amigos.
Você corre com seu carro,
mas nunca para meus braços.

Você não sente vergonha ao se despir perante alguém, mas sente vergonha ao tirar sua
máscara diante de mim.
Você costuma ¨ás vezes¨falar do que fiz,mas nunca me deu oportunidade
de falar o que você fez.

Você é um corpo no mundo,
e eu sou o mundo em seu corpo.

Eu sou alguém que todos os
dias bato á sua porta e pergunta:
¨Tem lugar para mim na sua casa,
na sua vida, no seu coração?¨

Eu estou presente nestas linhas que você por curiosidade começou a ler.


Eu sou Jesus Cristo
Quero simplesmente que você me aceite como amigo e me confesse como Salvador e Senhor.
Jesus Cristo é a luz do Mundo!

AUTOR DESCONHECIDO