FUZUÊ

Vou azucrinar

Nesse fuzuê

Em seu ouvido

Balbuciar

Mais uma só vez

Seu pescoço fungar

Com avidez.

Dançar um merengue

Com bastante azougue

E nesse azo

Estar na vibração

Envolto no seu abraço

Virar um bagaço

Dessa badalação

Feliz no balanço

Da ocasião.

Arrebentar nesse bafafá

Prá vê no que vai dá

Abraçar bem forte

Contar anedotas e amar

Desejar muita sorte

Com voce no meu carinho

Ornado de badulaque

Tal um bacorinho.

Virar um carretel

Jogar bacará

Comer pão com mel

Sem encalacrar

E me aboletar

Nesse foguedo

Sem ser enxerido

Afastando qualquer medo

Fazendo da vida

Um eterno brinquedo

Mas sem intriga

Nas curvas desse enredo.

Rogéria Costa