segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

ESCREVER UM LIVRO É DIFÍCIL




É um previlégio do final de cada ano, do fim partirmos para um novo começo.


O cíclo se renova da íntima partícula presa pela raíz do tempo.

Esse tempo que todos sabem que não retoma mais, na realidade dos fatos, dos acontecimentos, das atitudes e as modificações que duas ou três décadas,
ou em um ano,mudam um pouco a maneira de viver

civilizadamente.

É um outro tempo diluído em si mesmo,
retido na memória e que ficará para sempre na vida
e além do que foi previsto.


Tudo vai depender do temperamento,
da maneira como encararmos
aquilo que achamos bom ou não.


Coisas que revelamos até no olhar,
nos gestos ou nas decepções
que vamos somando.

Também nas alegrias e conquistas,
indispensável na coragem de aceitar as derrotas e tratar de seguir por outros caminhos.

Neste 2008 publiquei um livro.

Que seja o último,
porque escrever um livro é
muito mais do que uma bravura,
é um desafio,é uma tarefa fantástica e cansativa.

Uma delas é a procura do texto e
sua originalidade porque todas as coisas que
escrevemos antes parece que se repetem com outra roupagem de estilo e de idéias.


As frases quase sempre são mesmas em sua nudez.

As idéias e pronunciamentos são
fragmentos do que já foi escrito.


Então, se por acaso o destino permitir
que escreva outro livro,
vou querer muito mais tempo para dizer o que penso e renovando o que descrevo.


Mas aos outros digo:escrevam.

José de Souza Alencar JC-
Recife, 4 de janeiro de 2009
alex@jc.com.br

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