quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Cidades


Ruas, escadarias,
Sobrados nus ...
Solidão nos rostos de homens crus.
Nesse emaranhado de necessitados,
Vemos a imensidão do céu e das estrelas azuis.

Nos sobrados das cidades.
Grandes ou menores.
Há adultos, há crianças
Pessoas de todas idades
Procurando a tal felicidade.

Os filhos do povo.
Os diferentes dos iguais.
Onde pobreza, incerta
São banais
E nada é novo.

Gente que sorri e sofri.
Passa necessidade e não esmorece.
Que não guarda nada no cofre
E, muitas vezes, não procura
Aquilo que lhe enobrece.

Gente que não teve oportunidade
Na muralha fria de zinco.
Em casebres que tem pouca afinidade
Com aqueles que usam vinco.

Homens de paletó
Que não pensam nos pobres
Preocupando-se, apenas, com aqueles
que tornam- os nobres.




Rogéria Costa

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