terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Anoitecer





No horizonte vejo o sol se pôr.
É tardinha...
E a sombra daquela árvore envolve meus pensamentos em lembranças suas.
Leio um grande amor em toda entrelinha.

O amarelo clarão do sol vai se encobrindo no infinito.
É você que sinto...

Traz tanta saudade!
Vou relembrando...
Morosidade!
As folhagens se embriagam no orvalho que respinga gotas em harmonia.
Com bastante fantasia!

Assim, faz-se o espetáculo da natureza.
O horizonte absorve definitivamente o astro rei trazendo-nos a noite.
Quanta esperteza!

Contudo, você não está aqui.
Não lhe percebo nesse espaço.
Não sinto sua presença que me faz tão feliz.
Não sei o que faço!
Não tenho seu abraço que tanto quís.

De voce presinto, apenas, um vazio que me envolve.
Como tenho sua falta...!
Que me comove.
E o coração absorve.

Nessa hora...!
Que fazer quando a tarde se for e com ela a esperança de ter novamente seu carinho?
E agora?

Isto chama-se saudade.
É uma dor imensurável... muito íntima.
Tanta maldade!
Não há outra explicação.

Nesse momento em que a natureza modifica a paisagem do lugar,relembro você.
Como sofre o coração!

Sem ansiedade procuro não me entristecer.
Tenho certeza que irão raiar outros dias...trazendo-me você.
Com isso, surgindo,indiscutivelmente,
outras noites.
E numa dessas passagens,
iremos nos encontrar.
Confie em mim, coragem!
Não pense que é bobagem...
Pode esperar!

Restando, assim,
apenas a saudade,
mataremos a vontade
de nos vê.

Ficaremos,então,
para sempre juntinhos até outro anoitecer.


Rogéria Costa

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