sexta-feira, 6 de março de 2009

Escuto minha voz.





Escuto minha voz.

Reajo a esse som que chama
e proclama o fervor da minha dor.


Nas maiores manifestações da natureza ,
pretendo iluminar com imensos faróis.


Numa personalidade marcante,
sursurro entre meus medos no
poço desse eco que quero

arrancar de mim.

Não temo o julgamento que
me faz apavorar.


Nada tenho a temer assim.

Certo que meu grito tem o
real para expressar.

Modifica sobre minha fala.

Convicto do que sinto em todo gostar.

O grito não me cala.

Não temo o que me fizeram.

Não quero calar ao descrever.

Sou muito gente para não mentir,
nem temer que covardias
se façam novamente no meu viver.


Foram mentiras, enganos, confusões,
sem haver nenhuma
explicação para o que me faria.


Nego em entender, como
pode conceber tantas maldades?

Por tudo de ruim se comportaria?

As noites seriam mais negras,
tristes e injustas.


Alegria mesclada de nuvens acinzentadas,
não deixa espaço para o branco da paz.

Escorriam algumas lágrimas robustas.

Nem sabiam como tristeza nos faz.

A mesma alegria colorida seria,
então, amarelada por
tanto desamor nessa jornada.


E as flores muchavam, não se tinha luz,
calor, nem água para brotar.


Quantas pedras no caminho.

Nos muros do meu sonhar.


Retirando o carinho.

Pensamentos errôneos
não concluia nem um pouquinho.


Vão se enroscando bem devagazinho
dentro desse mundinho.

Enrolando-se no tremor.

Tenho o que fazer e escolher como
cultivar meu ninho.


Não há mais o que dizer,
de tanto desamor.



Rogéria Costa

Nenhum comentário: