domingo, 10 de abril de 2011

TODOS OS CAMINHOS




Todos os caminhos levam a algum lugar.

Todos eles têm um começo e,
fatalmente, um fim.


Há aqueles que nos parecem tão longos e
tão difíceis que ver o fim deles requer a fé que abre os olhos
ao que está muito além de nós.

O que não existe são os caminhos sem saída, eles possuem
simplesmente saídas que tememos atravessar.


Quando achamos que um problema não tem solução, o que
queremos dizer é que ele não possui uma solução aceitável,
compatível com nosso querer.

E é assim que nossos caminhos permanecem cada vez
mais longos, mais sofridos.


Quando as saídas são abandonar um sonho, deixar algo para trás,
reconhecer um erro ou uma má decisão, aceitar um outro modo de vida,
nos deparamos com as barreiras que nos deixam nesse
meio caminho do não saber o que fazer.

São esses os dias mais longos das nossas vidas, os anos que não
passam ou nos deixam a amarga sensação de estar a perder

as alegrias cabíveis a cada um.

Não podemos nos agarrar a certas coisas como se nosso
sopro dependesse delas.

Sonhos morrem e outros nascem e dão continuidade à vida e
é assim desde o princípio de tudo.


Para cada porta fechada há uma outra que pode se abrir, cada lágrima
derramada um sorriso que está por vir.


A fé abre novas perspectivas aos que querem enxergar.

As portas abrem-se uma a uma para os que sabem deixar o passado
pra trás e acreditam num novo e mais bonito amanhecer.

Letícia Thompson



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