Na calçada recepcionando quem chegava, enfileiravam-se balaios trançados de cipó,
repletos de
laranja,
limão,
abacaxi,
batata,
milho verde,
coco seco,
inhame,
macaxeira...
Um colorido só!
Ajuntavam-se, também, os de
chuchu,
tomate,
cenoura...
Que gostosura!
E mais meia dúzia em variedades de verdura.
Cuidadosamente regadas,
braçadas de coentro e cebolinho...
Limpinhos, tudo verdinho!
Porta larga , arqueava áquela 'bodega',
que num recanto empilhava-se
sacos de 'juntas' ,
grãos de milho,
feijão,
farinha de mesa ,
xerém,
sal de pedra ...
Escolhidos com a mão!
Outros mais baixo,
instalados á direita ,
era a vez da
repletos de
laranja,
limão,
abacaxi,
batata,
milho verde,
coco seco,
inhame,
macaxeira...
Um colorido só!
Ajuntavam-se, também, os de
chuchu,
tomate,
cenoura...
Que gostosura!
E mais meia dúzia em variedades de verdura.
Cuidadosamente regadas,
braçadas de coentro e cebolinho...
Limpinhos, tudo verdinho!
Porta larga , arqueava áquela 'bodega',
que num recanto empilhava-se
sacos de 'juntas' ,
grãos de milho,
feijão,
farinha de mesa ,
xerém,
sal de pedra ...
Escolhidos com a mão!
Outros mais baixo,
instalados á direita ,
era a vez da
Avevita
(comida de galinha)
e o milho seco,
alpiste
(alimento para aves)...
Ao lado do armário.
Na outra extremidade, algumas sacas de carvão.
Vendia-se, também "quartinha", panelas de barros, vassoura de piaçava e abanos para o fogão.
Olhando-se para cima, vê-se as telhas sustentadas
por toras de madeiras.
Com teias de aranhas caídas ao chão.
Pendurados no telhado,
diferentes utensílios rústicos como
buchas naturais,
funís de flandres,
candeeiros à gás,
peneiras de arame,
canecas ,
panelas de alumínio,
rede e anzol,
pinico ou urinol
para as meninas e meninos...
Retira-se os objetos com o auxílio
de uma vara de goiabeira flexível e comprida,
onde havia um arame como gancho para pescar a mercadoria à venda.
Num recanto da parede vê-se
o feixe de cebola
junto com
a réstia de alho.
Belo espaço decorado!
Prateleira de madeira,
alta e resistente apilhada de garrafas
de vinho,
cachaça,
refrigerante caçula
e mel de abelha.
Com alguma dificuldade,
por tudo que havia no chão,
chegava-se num largo e
bem abastecido balcão.
A lata de Manteiga, enorme na nossa frente;
instalada junto com a Banha.
De marca e nome reconhecido.
Balaio de ovos embrulhados com jornal.
A Banha e a Manteiga, para se levar ,
envolvia-se no papel de seda,
arrematado com o de madeira.
Não havia plástico, vendia-se dessa maneira!
Um pacote original!
Generosa porção de Charque exposta no balcão,
junto com uma balança de pesos de bronze.
Media cada compra com total precisão!
Embaixo daquela mesa comprida,
com primazia, funciona a vitrine.
Armário envidraçado,
mostrando a secção de perfumaria
com
sabonete Life Boy,
Alma de Flores...
talco e lavanda Alfazema,
Phebo
e o Leite de Rosas.
Também a brilhantina, pincéis e loção de barbear, lâmina chamada Gillete ...
Além de muitas outras bossas.
Artigos dos homens pintarem o sete.
Luxo para preencher os olhos dos rapazes e da mulherada .
Sianinhas e fitas de cetim,
Óleos de amêndoas e pastas de dente...
agulhas e linhas,
grampos e biliros,
escova e pente.
Vendia-se a Tabuada,
borracha e
lápis grafite
para toda gurizada.
Pirulito,
bala de goma ou alfinim,
moeda de chocolate,
caixinha de passas,
pipoca,chiclete,
cocada e
nêgo bom...
Num caixote no chão
estava o
Òleo de Peroba,
sapólio,
sabão de pedra e de coco,
álcool,
querosene...
Ajudava na limpeza...Tudo de bom!
Na Venda de Seu Mariano encontrava-se
diversidade de produtos.
A única da região.
As pessoas podiam comprar na 'Caderneta'
ou pagar por tostão.
Famílias de fino trato,
todo mundo conhecido;
tinham o aval em adquirir do amigo,
uma Caderneta do Seu Mariano
e sem nenhum contrato.
Literalmente, um caderninho com
as páginas numeradas,
onde tudo que se comprava era anotado
e datado pelo fiel proprietário.
Ficava fiado,
mas podia ser pago
até o final de cada mês,
quando o salário era recebido por
cada freguês.
O direito de comprar era o mesmo de pagar, mas pagamento com dinheiro, sem maltrato
nem desepero.
Alimentar-se é um direito humano,
porém, sem ter que depois,
ser obrigado a se punir.
Precussora dos Pegue Pagues da Vida
(como diz o poeta), da parcela dividida,
dos atuais cartões.
Localizada na esquina da rua Rolim,
encontrava-se a disputada
Venda de Seu Mariano,
Impulsionou prosperidade para o nosso Jardim.
Rogéria Costa
(comida de galinha)
e o milho seco,
alpiste
(alimento para aves)...
Ao lado do armário.
Na outra extremidade, algumas sacas de carvão.
Vendia-se, também "quartinha", panelas de barros, vassoura de piaçava e abanos para o fogão.
Olhando-se para cima, vê-se as telhas sustentadas
por toras de madeiras.
Com teias de aranhas caídas ao chão.
Pendurados no telhado,
diferentes utensílios rústicos como
buchas naturais,
funís de flandres,
candeeiros à gás,
peneiras de arame,
canecas ,
panelas de alumínio,
rede e anzol,
pinico ou urinol
para as meninas e meninos...
Retira-se os objetos com o auxílio
de uma vara de goiabeira flexível e comprida,
onde havia um arame como gancho para pescar a mercadoria à venda.
Num recanto da parede vê-se
o feixe de cebola
junto com
a réstia de alho.
Belo espaço decorado!
Prateleira de madeira,
alta e resistente apilhada de garrafas
de vinho,
cachaça,
refrigerante caçula
e mel de abelha.
Com alguma dificuldade,
por tudo que havia no chão,
chegava-se num largo e
bem abastecido balcão.
A lata de Manteiga, enorme na nossa frente;
instalada junto com a Banha.
De marca e nome reconhecido.
Balaio de ovos embrulhados com jornal.
A Banha e a Manteiga, para se levar ,
envolvia-se no papel de seda,
arrematado com o de madeira.
Não havia plástico, vendia-se dessa maneira!
Um pacote original!
Generosa porção de Charque exposta no balcão,
junto com uma balança de pesos de bronze.
Media cada compra com total precisão!
Embaixo daquela mesa comprida,
com primazia, funciona a vitrine.
Armário envidraçado,
mostrando a secção de perfumaria
com
sabonete Life Boy,
Alma de Flores...
talco e lavanda Alfazema,
Phebo
e o Leite de Rosas.
Também a brilhantina, pincéis e loção de barbear, lâmina chamada Gillete ...
Além de muitas outras bossas.
Artigos dos homens pintarem o sete.
Luxo para preencher os olhos dos rapazes e da mulherada .
Sianinhas e fitas de cetim,
Óleos de amêndoas e pastas de dente...
agulhas e linhas,
grampos e biliros,
escova e pente.
Vendia-se a Tabuada,
borracha e
lápis grafite
para toda gurizada.
Pirulito,
bala de goma ou alfinim,
moeda de chocolate,
caixinha de passas,
pipoca,chiclete,
cocada e
nêgo bom...
Num caixote no chão
estava o
Òleo de Peroba,
sapólio,
sabão de pedra e de coco,
álcool,
querosene...
Ajudava na limpeza...Tudo de bom!
Na Venda de Seu Mariano encontrava-se
diversidade de produtos.
A única da região.
As pessoas podiam comprar na 'Caderneta'
ou pagar por tostão.
Famílias de fino trato,
todo mundo conhecido;
tinham o aval em adquirir do amigo,
uma Caderneta do Seu Mariano
e sem nenhum contrato.
Literalmente, um caderninho com
as páginas numeradas,
onde tudo que se comprava era anotado
e datado pelo fiel proprietário.
Ficava fiado,
mas podia ser pago
até o final de cada mês,
quando o salário era recebido por
cada freguês.
O direito de comprar era o mesmo de pagar, mas pagamento com dinheiro, sem maltrato
nem desepero.
Alimentar-se é um direito humano,
porém, sem ter que depois,
ser obrigado a se punir.
Precussora dos Pegue Pagues da Vida
(como diz o poeta), da parcela dividida,
dos atuais cartões.
Localizada na esquina da rua Rolim,
encontrava-se a disputada
Venda de Seu Mariano,
Impulsionou prosperidade para o nosso Jardim.
Rogéria Costa
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