domingo, 23 de outubro de 2011

Rebeca...!




Tranquila no falar, precisava de confiança quando se
aproximava das pessoas.


Elas a fitavam com um olhar descontente e reprovador.

Rebeca, por mais que se empenhasse, não compreendia
aquela atmosfera.


Esforçava-se para conduzir-se num clima natural.

Mas, presentia uma ira contida no semblante de alguns.

Onde estaria a causa principal?

Por que seria o pivô de maltratos verbais e atos injustos
daqueles que lhe arrodiavam?


Na sua soledade, mesmo povoada de pessoas, vivia
uma intensa melancolia.


Dialogando com sua alma,
tropeçava em episódios sórdidos, onde lhe apontava
como emblemática nessa selva de maldades.


Atmosfera atraente, porém ilusória, pois a sorte não
lhe sorria em toda sua extensão.


No seu simplismo, Rebeca conduz cansativamente esse fardo.

Sorrindo para engolir o choro,
calando para não viver ,ainda mais, rejeitada,
iludindo-se que não está sendo traída,
silenciando para não ser repreendida,
esquecendo para não ser incursa,
cantarolando para espantar a tristeza...


Não procuravam sua amizade, usavam sua companhia.

Como um sapato velho, que depois de muito uso, joga-se no lixo.

E, logo compra-se outro para substituí-lo.

Gostaria de sentar-se ao lado de alguém de seu crédito;
e pegando suas mãos, explodisse dúvidas, anseios e angústias.


Juntos pudessem encontrar uma solução.

Não era preciso travar nenhuma 'guerra' com o mundo.

Nem decifrar esses enígmas naquele momento.

Juntos poderiam fazer um julgamento de como
resolver aquela questão.

Havia uma diferença de nivelamento nas amizades.

Rebeca, por ser tão enganada, sem entender era discriminada.





Rogéria Costa



IMAGEM
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