quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A Dama do Buzão





A DAMA DO BUZÃO

Mocinha de fino trato
Só tirava nota dez
Mas de fato
Era papo
Enganava o mundo
Toda dia de cada vez

Garota inteligente
Perfumada e sorridente

Pela manhã,
Na mesma hora
Tomava lotado buzão
Para ir à escola
Sem nenhuma confusão

Buzão abarrotado
Viajava em pé
Deixando que o tarado
Assim...como não quer
Esfregasse no seu bumbum
Sem nenhum banzé

Como pode?
Menina acorde...
Que descontentamento!
A qualquer momento

Fique atento
Alma educada
Amizade selecionada
Para conviver
Sem ficar falada



Nome de santa
Ato vulgar
Coração encanta
O mundo julgar

Noiva recatada
Pureza imaculada(?)
Não se misturava
Com a moçada
Para não ser manchada
Mocinha singular


Qual seria o receio?
De conviver com a ralé.
Garanto que naquele meio
Veja como é...!
Para nosso alento
Pode ficar atento

Garota nenhuma vivia
Igual como esse seu
Desvio de comportamento.

Aliança no dedo
Mas com primazia
Pela manhã bem cedo
Grande hipocrisia
Mocinha safada
Que cortesia

No ônibus todo dia
Gostava de ser tarada.



Rogéria Costa

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