sexta-feira, 7 de outubro de 2011

FORMIGAS ARQUITETAS




Quando eu era criança
Gostava de observar
Conduzindo a esperança
Infindo caminhar

Trabalho das formigas
Entrar e sair do buraco
Carregando nas costas
Areia no saco
Pesada folhagem

Escavacando areia
Grande viagem
De volta e meia
O tempo inteiro

Arquiteto de fato
Ou algum carpinteiro

Reparava e percebia
Cada detalhe
Descia e subia

Bela organização
Sem que nada atrapalhe
Forte precisão
Ficava acocorada
Observando o chão
E bem focada

Perto do formigueiro
Para ver cada passada
Daquele bicho brejeiro
Olhar toda animada
Brilhante sociedade
Coragem e preciosidade
Naquela passarada



Indo e vindo
O dia inteiro
Num forte sol
Brilhante e lindo
Fileira e rol

Bichinhos trabalhadores
Todos na sua função
Arquitetos,carregadores,
jardineiros,engenheiros,
pedreiros...
ou escavadores
Cada um em sua tarefa
Para perfeito construir
Carinho que não ceifa
Aquele infidável serviço
Coração explodir
E o mundo aplaudir



Pensava na hora
Em escavacar
Muito embora

Sem entender
O que havia dentro
De cada orificío

Mas por um momento
Pensando no sacrifício

Sentir as picadas
Queria se proteger
Das formigas malvadas
Iriam as mãos morder
No meu imaginário
E como podiam viver
Naquele incluso cenário


Como funcionava
Estranha cidade?

Embaixo daquela terra
Trabalho e seriedade
Presume submersa serra

Motivação usada
Pela gurizada

Subindo e descendo
Queria conhecer
Para perceber
Bem de perto
Cidade crescendo
Trabalho bem sério

Mágico mundo
Mundo de mistério




Rogéria Costa

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