Abri aquela caixa
e vi saltando dela
brinquedos em marcha
para fazer uma revolução.
Em meio aquela aglomeração
a bailarina caiu,
esbarrando-se
no soldadinho de chumbo,
enquanto a serpentina
enrolava em seu pescoço,
saindo sem esforço.
Era como se todos surgissem
de um profundo poço.
Áquela caixa imensa
Recheada de imaginação
Caindo com precisão
Salta o palhaço de fuxico
sobre o sofá vermelho,
Pensando que o macaco Quico
foi pintado de caramelo.
E o casal de pierrô e colombina
pulavam no meio da sala,
perto da cristaleira,
parecendo uma bobina,
vivendo tanta asneira
nessa revolução de amor.
Rogéria Costa
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