domingo, 31 de janeiro de 2010

GOTA








A única gota
Última...
Do clarão
Sem rota
Quase no chão
Coisa única
Límpida
Emborca
Gota brilhante
Bem pouca
Errante
Melódica

A última gota
Compõe a imagem

Emudece a nota
Tom da paisagem
O sol ressurge
As aves entoam
O céu tangem
E elas voam.

Rogéria Costa

Festa no Céu





Bela é uma estrela
Que vive no espaço
Bonita e com embaraço

Brilhante sem cansaço

Estrelinha faceira
Gosta de cintilar
A noite inteira
Para lhe apreciar
O seu sorriso bonito
No céu a iluminar

Bela possui uma enorme imaginação
Tudo para ela consiste
Além de grande animação
Sempre insiste
Preencher com amor seu coração

Certa vez foi anunciado
Que havia uma festa no céu
E naquele dia
Tudo seria alegrado
Sem nenhum escacéu.

Bela e suas amigas
Alegres e contentes
Com tamanha animação
Espalhou a toda gente
Áquela informação.

Compraram alguns tecidos
Bastante elegantes
Usados em vestidos
Lindos e provocantes

Foram perfumes, sabonete de barra,
metros de fita e pó de arroz
E nessa imensa algazarra
compraram até o retrós

Levaram á casa da modista
Para coser os vestidos
Deixando cada qual mais bonita
Pois foram feitos por Anita

Chegada a noite do baile.
Bela se vestiu tão linda
Que todos ficaram esperando
A hora da sua vinda

Bela brilhava de azul
Com saias mil...
Como o Cruzeiro do Sul
Vestida toda de anil.

No salão entravam
Marqueses e príncipes,
militares e bombeiros
E se iluminavam
Áqueles moços maneiros
Mergulhados nas brincadeiras
Dos olhares faceiros
Daquelas lindas estrelas

Foram horas de alegria
Naquele céu estrelado
Toda gente se espremia
E ninguém ficou parado

Assim aconteceu a Festa no Céu
Onde Bela os moradores
Extraíram todo mel
Com sorrisos encantadores
Daquele lindo carrocel.

Rogéria Costa


A CASA DA ÁRVORE






Na árvore moram os animais.
Fábio é um menino, único que convive com esses
bichos.
Estão constantemente em maravilhasa paz.
Ele e os animais.
Tudo em harmonia...um mimo!
Pepeu é o macaco que desce e sobe na árvore,
sempre a pular.

Gosta de se aventurar.
E ao anoitecer se sentar ao redor da bicharada para narrar coisas bacanas sobre a natureza.
Existem muitas janelas na casa da árvore.
Os animais adoram se debruçar apreciando tanta beleza.
Em cada janela um animal diferente fica admirando...
Com certeza!

As janelas se abrem, onde os bichos aparecem reproduzindo cada som característico.
O pato faz quá quá!
O cachorro faz au au!
O carneiro faz meeeeeeé!
O boi faz munnnnnnnnnnn!
A galinha cocoricó!
O pinto faz piu piu!
O gato faz miau!
E assim, forma-se a orquestra da bicharada que anima toda aquela beleza.
Ficam sentados aos pares outros animais que juntos se divertem demais.
Uma eterna realeza!
Temos:
O tigre e a tigresa
O elefante e a elefoa
O pombo e a pomba
O coelho e a coelha
O cavalo e a égua
O urso e a ursa
O zangão e a abelha
O porco e a porca
O gato e a gata
O galo e a galinha...

Essa é a estória da casa da árvore.
Outras sugestões que tornem a vida dessa bicharada mais feliz e animada serão bem vindas.
Portanto,crie e comente!
Depois pode redigir...

Rogéria Costa

Sofia




Sofia é o nome de minha boneca.
Ela foi feita de pano.
Vovó Cida a criou por completa.
Ficou tão bela!
Sem nenhum engano...

Pegou tudo que viu na sua frente.
O par de meias laranja do vovô José, que deixa seu pé bem quente.
Transformando em braços, pernas e na cabeça.

Com afinco emendou cada pedaço, surgindo o corpo da boneca...bem depressa!

Para a cabeleira de Sofia, retirou do seu velho baú um novelo de lã amarela.
Cor que vovó Cida apressia.
Enrolando os cachos nos seus dedos.
Surgindo, então, os cabelos dela.

Do travesseiro retirou flocos de espuma.
Que imaginação é essa ?
Colocou uma a uma...
Preenchendo seu corpo à bessa !

Recortou um retalho de tecido
Cor de rosa
Fez uma meiquice de vestido
Deixando Sofia maravilhosa !

Na ponta da saia rodada
Desenhou três flores
Deixando bordada
Mil amores...
Gosto primaveril
Ficou uma graça
Presente tão lindo
Que nunca se viu.

Rogéria Costa

Voce






Você grudou na minha pele
Instalando seu olhar
De mansinho, bem leve
Ao me encontrar
Gravou em meu coração
Um eterno amor
Que me transformou
Remexendo a saudade
Presa em minha vida
Doce vaidade
Sabor sem medida
Chegou na hora certa
Deliciosa presença
Penetrou pela porta aberta
Dessa relação
E sem nenhuma pressa...
Dentro do meu coração.

Rogéria Costa



CORRENTE DO BEM





Despertei tardiamente.
Mas não importa, vamos recuperar.
Falando francamente...!

É como se o relógio cronológico
houvesse parado.

Estaria, assim, vivendo contra o tempo.
E não tivesse ousado
.
Fiz uma vistoria nas realizações,
imaginando-me realmente merecedora das maldades, dos desamores e traições.

Isto me fez acordar!
E nesse despertar repentino
revivi minha vida.
Observei meu destino.
Muitas vezes sem medida.
Encontrei uma ou outra
lembrança positiva,
mesmo não havendo realizações.

Os momentos ruíns são reflexos
que ficaram gravados,
como um alerta para não
permitir que se repitam .

Estas constações me entristecem.
Então, vamos a luta para a vitória.
Renasce a guerreira promovendo o bem e abrilhantando a existência, com realizações e conquistas.
Pensar positivamente,
fazendo o melhor do mais
simples ao complexo.

E nessa jornada diária encontrar a
felicidade com saúde,paz verdadeira,
sinceridade e muito amor.

Formando-se uma corrente benéfica por dezenas e dezenas de anos em nossas vidas.
Assim seja!


Rogéria Costa

sábado, 30 de janeiro de 2010

Camafeu





Orno a cabeça
Daquele brotinho
Mais lindo do planeta
Coloco bem bonitinho
Na menina do planeta
Uma tiara bordô
Que bela pivete...
Um explendor!

Comprei um boné
Lá no ateliê
Junto com o buscapé
Que vi no brechó

Não sei nem porque
Dá até dó

Ficou uma beleza
No boneco deprê
Tanta certeza
Se vê!

Maravilha de cor
Parecendo avelã
Alegre como agogô
Deixando afã
O que Deus me deu
Feito de bambu
Meu camafeu
Sem qualquer tabu
Que nem um breu
Comi papa de sagu.
Até que o dia amanheceu.



Rogéria Costa

Sabor de cada lágrima



O desespero contra o tempo
Simplesmente para curar
E o momento
De encontrar
Um intento
Ao confirmar
Que a saúde vai desabrochar
Finalmente, lhe será legado
O direito supremo
De para sempre ser curado
Isso sei e nada temo
Mas o troco será dado
Para quem se intrometeu
E prejudicou
A vida de quem não mereceu
Pelo sabor de cada lágrima
Que inundou a minha boca
Fazendo a soma
Deixando-me quase louca.

Rogéria Costa