Somente um lápis.
Como compartilhar um mero lápis ?
Por que dividi-lo para dois ?
Cortar ao meio, apontar e entregar para as crianças.
Isso seria o lápis grafite.
Já a caixa de lápis de cera,partia em pedacinhos e distribuia para algumas delas.
Todos usavam apenas uma caixa.
Não haviam cadernos,livros, papel sulfite....
Quantas vezes, tivemos que aprender escrevendo no chão ou em folha de jornal trazidas de casa.
Sempre me envolvia nessa peleja.
Cruzar os braços e fechar os olhos seria o melhor?
O grude na minha aba, daquelas
crianças anciosas em possuir um instrumento de trabalho que pudesse chamar de "seu".
Sedentas em conhecer aquele mundo das letras.
Entristecia-me, esvaindo-me em descontentamento.
Como poderiam conquistar ,no final do ano, um aproveitamento 100% positivo ?
Crianças carentes de tudo, na família, na rua em qualquer ambiente que se encontravam.
E, no local de aprender e apreender valores, seriam determinadas em dividir um simples lápis.
Não havia outro jeito...!
Como dizer a eles que nem na vida escolar
as coisas seriam diferentes?
Dessa forma, com os olhos mesclados de tristeza observavam o lápis ser cortado ao meio.
Cada pedaço teria um dono e resolvido o problema!
Será?
Ou o "Sistema" estaria contribuindo para que surgissem outros desajustes nas
mentes daqueles pequenos ?
Não se conserta um erro com outro.
Por que não ter quantidade suficiente
de material para cada aluno?
Nada era gratuíto.
Nem a escola é gratuíta.
Ela é pública, gratuíta não.
E eles alcançavam essa máxima !
Ao comprar um quilo de farinha pagavam "X",
e aí, estavam imbutidos impostos.
Taxas que se transformariam em dinheiro para
aquisição de lápis, caderno, borracha, etc.
O que fazer naquela circunstância, a não ser
cortar o lápis e entregar a dois alunos ?
Que situação humilhante?
Nesse período de eleição é que
analiso melhor esses entraves.
O esquecimento fica claro quanto as necessidadesbásicas do cidadão.
Na hora de pedir voto,
tudo bem !!!
Mas, depois podem até mandar os "lápis da vida¨ para a escola, hospitais, serviços públicos, etc.
Agora, saber se realmente chega ao destinatário correto é mais difícil !
Não há comprometimento para fiscalizar, se o dinheiro público contribuiu em suprir as necessidades com respeito e precisão nas suas atribuições.
Ou seja, se o lápis chegou de verdade ao destino final, invés de estar sendo desviado para os sabichões.
Esse é o grande problema...!
Bravo!
Esperamos uma solução!
Certo ?
Rogéria Costa
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