Lá estava...
Garboso e imponente diante da janela da sala.
O mandacarú ficava ali, mostrando-se as pessoas que passavam na nossa calçada.
Todo florido com imensas flores brancas.
Propositadamente, a natureza havia se incumbido
em florir nosso jardim.
em florir nosso jardim.
Era noite de Natal.
E diante dos nossos olhos a única árvore
de Natal ao natural.
de Natal ao natural.
Pai do Céu havia nos dado de presente aquela maravilha!
O perfume de mato misto ao sereno do luar que
pousava no jardim.
pousava no jardim.
Alegria de avistar uma obra da natureza,
presentada por Deus naquele momento de amor.
presentada por Deus naquele momento de amor.
Não necessitava de luzes, o luar bastava para embelezar com simpliscidade o belo cacto.
Esse instante sublime destacava-se entre muitos, serenando aquele lugar.
Apesar das rejeições, dos abandonos, intrigas e mentiras... ficou guardado no peito alguns instantes de realeza daquele imponente mandacarú.
Não foi no sertão que vivenciei esse espetáculo.
A alvura daquelas flores contrastavam
com o verdejante e espinhoso arborescente.
com o verdejante e espinhoso arborescente.
Perguntar o motivo de registrar tudo isso?
Só haveria uma resposta ...
Saudade !
Saudade !
Saudade do que não se viveu...!
Saudade daquilo que não se realizou... !
Saudade de sentir-se amada sem ilusão...!
Por isso não quero mais esse passado
de mentira e fantasia...
Resta, apenas, as lembranças da beleza desse momento.
de mentira e fantasia...
Resta, apenas, as lembranças da beleza desse momento.
Registrar sentimentos é a tentativa de
imortalizar o que não se pode ser,
mesmo com o possivel e necessário para ter.
imortalizar o que não se pode ser,
mesmo com o possivel e necessário para ter.
Rogéria Costa
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