sexta-feira, 26 de agosto de 2011

ANDARILHO






Na bela geografia
Desse corpo ardente
 

Embrenho-me sem agonia
Entre vales verdejantes
Vejo desabrochar em mimos
Cachoeiras cintilantes
Bem guarnecidas
De extensos linhos
Banhando rios cristalinos

Revivo abraços
Recordes desse amor
Eterno fervor
Entre os labinosos laços
Nutri e alimenta
Um enorme redemoinho

Percorro suavemente
Nessa agradável viagem
Sazonando bem rente
Bela imagem
Macia e contente
Tez de pelica
Luxuosa e rica
Linda miragem

Viajo bem
Nessa expedição
Ando ribeirinho
Tão além
Tocando o coração
Nas forageiras
Águas dessa imensidão

Linha do horizonte
Olhar que faz levitar
Por trás do monte
Pendente sonhar
Bebendo na fonte
Desse harmonioso mirar

Avisto tão bela
Mítica alma branca
Vivente á margem
Dum sacrário
Alvura que encanta
Na bravura desse cenário

Andarilho
Reponho cada passo
Ando ao acaso
Sem destino
Risco e traço
O que despertino

Exploro com furor
Pacíficas redondezas
Real amor
Paixão desmedida
E sem pudor

Rogéria Costa

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