sábado, 27 de fevereiro de 2010

Meu viver



Não quero mais conviver
Com gente ruim
Que me fez ser
Infeliz em mim...

Sinto nojo
De quem se vingou
Fez da minha vida
Uma tristeza sem fim
Tenho entojo
Dessa gente
Pretendo urgente
Guardar num estojo
Meu destino

Esqueçam minha existencia
Não me façam mais de cretino
Tenham decencia
Deixem que eu mesmo atino
O que pretendo fazer
Não mais se intrometam
Nem estraguem...
Apenas me procure
Para ajudar...

Meu viver!

Rogéria Costa

Ler





Ler não significa decifrar agrupamentos
de letras e sons.

Nem tão pouco a escrita deve ser uma
codificação e relação
de signos e/ou sinais.

Vai mais além, quando conseguimos
introspectar no universo da
leitura e escrita, alcançando a essencia
daquele registro.

Ou seja, a mensagem que se quer passar.
A tentativa de interpretação pode ser democrática.
Contudo devemos observar "o todo' dessa comunicação ou informação escrita,
com um raciocínio lógico e compreensível.

Escreve-se não, apenas,
para quem sabe ler mas , principalmente,
para quem entende
e sabe sentir o que está escrito.


Rogéria Costa



Cartas de baralho




No naipe do baralho
Li meu destino
Sentada no assoalho
Solução atino
Coloco na toalha
Todas as cartas
Golpe de navalha
Ordens falsas
Pois a sorte
Está nas nossas mãos
Na fé bem forte
Com trabalho, amor e dedicação

Sem segunda intensão
Em Deus e nossos irmãos !

Rogéria Costa




sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

LAGO


Na rua onde moro
Há um bosque encantado
Onde me demoro
Sentindo por todo lado
Mundo de esplendor
Festival animado
O pássaro beijando a flor

Movendo-se pela campina
Importante e sedutor
Ouvindo a graúna
Aves de rapina
Voa sem bruma
Banho na correnteza
De um lago anil
Obra da natureza
Peixinho dourado em mil
Navegando na beleza
Que a vida produz
Revela com sutileza
Sentimento que traduz
Com toda certeza
A verdadeira luz
Pintalga nenhuma avareza
Luz de florescência
Brilho e fervor
De clareza e fluencia
Vida mararilhosa
Ambiente de amor!

Rogéria Costa

CENTOPÈIA



Tudo começou
Quando a centopéia
Ameaçou
Retirar sua meia
Que sempre calçou

Essa tetéia
Fez um alvoroço
Quando se sentou
Na mesa do almoço
E logo retirou
Sem nenhum esforço
Aquele mau cheiro

Toda rapaziada
Saiu correndo
Tamanha farra
De grande fedor

Ninguém se entendendo
Naquela algazarra
Foi um horror!


Rogéria Costa




Festim






Aquelas folhas
Cairam da árvore
Feito bolhas
Sem que estoure
Espertamente...
Vão ao chão
Escondem-se do vento
Sentindo-se fracas
Em pulos lentos
Como plumas
Fazem da grama
Majestor assento
E do orvalho
Puro lamento
Para decorar
Festa no jardim
Suave momento
Grande festim!

Rogéria Costa

PERFUMADO



Esse moço encantador
Deixou em mim
Um cheiro abrazador
Aroma perfumado
Espalhado pelo ar
Encanto de jasmim
Para se abrigar
Voce assim...
Não mais largar
Todo dia um sim
Sem nunca acabar...!

Rogéria Costa

TABUADA





Eva recebeu uma tabuada
Sua tia lhe presenteou
Para ser estudada
Nessa vida de doutor

Os números infinitos
Podem ser somados
Em contas ou palitos
Também multiplicados
No papel em rabiscos

Algarismos numéricos
Serão subtraídos
Ou então divididos
Em centimetros métricos.

Assim como na vida
Os números são companheiros
Fazendo-se um paralelo
Entre a raiz quadrada
De números inteiros.

Rogéria Costa



Dona TARTARUGA



Certa vez
Num dia ensolarado
Dona Tartaruga
Foi pela primeira vez
Dar um passeio no lago.

Ficou tão animada
Pois ia encontrar
Com a meninada
Sorrir e brincar
Toda assanhada.


Com passos pequenos
Áqueles que reproduz
Brincou como queria

Momento de alegria
Nadando com euforia
Naquele dia de luz
No lago sereno
De águas azuis.


Rogéria Costa



PÁSSARO DA ESPERANÇA



A esperança é um lindo pássaro
que povoa nossas cabeças
retirando o fracasso
e todas mazelas
deixando em cada passo
luzes belas ...

No rastro de luz
Estamos a perseguir
Nosso sonho produz
Tudo que vamos conseguir

De penugem colorida
O pássaro da esperança
Traduz em nossa vida
Um mar de bonança
De voo razante
Na alegria da fé
Seguindo o sol brilhante
Naquilo que se quer.

Rogéria Costa

Amigo da onça






O famoso personagem foi criado pelo
cartunista pernambucano Péricles de Andrade Maranhão, em 1943, e publicado de 23 de outubro de 1943 a 3 de fevereiro de 1962.
Os diretores da revista O Cruzeiro queriam criar um personagem fixo e já tinham até o nome,adaptado dessa famosa anedota.


¨Dois caçadores conversam em seu acampamento:
- O que voce faria se estivesse agora na selva e uma onça aparecesse na sua frente ?
- Ora, dava um tiro nela.
- Mas se não tivesse nenhuma arma de fogo?
- Bom, então eu matava ela com um facão.
- E se voce estivesse sem o facão ?
- Apanhava um pedaço de pau.
- E se não tivesse nenhum pau ?
- Subiria na árvore mais próxima.
- E se não tivesse nenhuma árvore ?
- Sairia correndo.
- E se tivesse paralisado pelo medo ?
Então, o outro, já irritado, retruca:
- Mas, afinal, voce é meu amigo ou
amigo da onça ? "


Após a morte do autor, em 1962, o personagem continuou publicado, desenhado pelo cartunista
Carlos Estevão, até 1972.


Fonte: WIKIPÉDIA


Quantas vezes encontramos pessoas derrotistas, que nos deixam sem esperança, com o propósito de retirar o estimulo, nutrindo-se do fracasso.
São os amigos da onça...!
É preciso mostrá-los o verdadeiro sentido da amizade, pois ninguém pode ser feliz com a desgraça alheia.
Rogéria Costa
-

RABISCOS




Sinto tanto
O som do acalanto
Música boa
Que abençoa
Um beijo roubado
Querido e amado
Num mundo encantado
Virado ao contrário
Alma pequenina
Regressa a esse lugar
Caminha peregrina
Rabiscos e registros
Em qualquer lugar
Bocadinhos de cor
Cheios de ilusão
Seja o que for
Pedaços de imaginação !

Rogéria Costa


ENGANO PURO





Nem teve jeito
Fizeram assim
Gravou no peito
Tristeza enfim...
Engano puro
Sem dar chance
De um mundo seguro
Em qualquer lance
Chega de bagunça!
O destino agora é meu
Instalaram desde criança
Num mundo que não me pertenceu
Por que tamanha vingança
A quem nunca mereceu ?

Rogéria Costa

CRUELDADE





Pessoas fazendo de conta
Serem brilhantes
Comovente segurança
Que desmonta
Transformando instantes
Daquela inocente criança
Além de tristonha
Levando ao inferno
Invensão medonha
Tremenda agonia
Usava sem vergonha
E, também mentia
Para satisfazer
Nunca saber e entender
O que construia
Mundo de fantasia
Para quem não merecia.

Nestes termos
Não se educa
Criando medos
Nem se mente e machuca
Escondendo em segredos
Essa vida maluca.

Quem provoca tal mal estar
Nunca será feliz
Não sabendo ensinar
A esse ou outro aprendiz
Escolhe apenas um
Para ser seu carrasco
Num lugar comum
Desse imundo palco

Se apropriar
Do existir alheio

Usar e atrapalhar
A vida de uma pessoa
O direito do outro retirar
Sem todo e qualquer receio
Entender que tudo isso
Foi "uma boa !"
Sem nenhum aviso...
Nem motivo

De enganar, mentir
Confundir, atrasar
Conviver na falsidade
Remoço não estampar
Ter como sua propriedade
Viver a fingir
Para que tanta crueldade?
Jamais permitir
Ser amada nem amar...
Com verdade!
O que vai conseguir?
Gente dessa láia!!!!!?


Rogéria Costa